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22 de agosto de 2013


Mais um ano que carregaste sobre tais pequenas mãos, e mais um amor que parece crescer da noite para o dia, tal criança reencontrada após muitos anos. Amor, percebo, é mais que geografia. Amor, são as rugas no canto dos olhos quando sorris, e eu - eu te sorrio de volta. Amor é sentir dias, os meus e os teus, e partilhar o sol quando alguma de nós esteja sob a chuva; confundir as leis do tempo e espaço e escapulirmo-nos entre jardins, duas crianças de cabelos soltos e gargalhadas uma oitava acima. E, no final, corpos vertidos junto a canteiros em flor, lendo os post-its que fomos guardando ao longo dos anos - uns amarelos e outros rosados, todos carregando um mundo que é só nosso, onde uma pequena casa vai ganhando cada vez mais tons e, nós, cada vez mais nos moldamos numa só.
Hoje, recebe os meus corações, tal como em fogos-de-artificio me vens iluminando as noites. Hoje, os peixinhos laranja vão nadando ao som de yiruma que deixei a tocar na velha rádio da sala. E hoje, hoje é o teu dia. Amo-te, e lembro-to nos mil e um post-its colados nas paredes do teu quarto. Amo-te, pequena irmã, sem medida.

21 de janeiro de 2013


O sol espreitou pela tarde e aproveitei para colher algumas flores do nosso jardim, enquanto me observavas da janela com um sorriso quente e os cabelos ainda desarranjados, balançando suavemente ao vento. Acenaste quando olhei para cima, desajeitada como uma pequena irmã mais nova, e em instantes fizeste o inverno derreter em verão outra vez. Entrei em casa a correr e quando cheguei ao quarto, já lá estavas tu: sentada no banco de madeira, em frente ao espelho e com os olhos em jeito de meias-luas deitadas. Arranjei-te o cabelo e atei duas mechas em torno de um bem-me-quer, e sorri-te: “A mais bela princesa da china”.

26 de novembro de 2012


Os suspiros de lucky strike esvaem-se no céu em noite. Poderia dizer que o mundo suspendera de si mesmo, não fosse o canto envelhecido e distante das cigarras, e as respirações compassadas que sobrevestem a cama ao lado. Estás a dormir, a noite não está especialmente fria mas fecho a janela para não te gelar o sono. Penso em como devíamos tirar uma hora para colher os filtros de tabaco largados no terraço, naqueles entardeceres em que a janela nos serve de companhia, e depois sorrio porque murmuras qualquer coisa incoerente enquanto dormes, como que respondendo aos meus pensamentos. Não tenho sono, sinto até que te poderia fazer um desenho atrapalhado com uma nota de bom-dia no canto direito, e colá-lo ao frigorífico para sorrires de manhã, quando fores buscar o leite para o pequeno-almoço. Duas irmãs de mãos dadas a beber chá e café sob a luz amortecida de uma lua que chamamos de nossa, o que te parece? A mim parece-me que sorris durante o sono e, suavemente, deslizo o cobertor até junto do teu pescoço e deixo-te um beijo na bochecha esfriada. Até amanhã, irmã, dorme bem.

10 de novembro de 2012


Estava a acabar os trabalhos da faculdade e a luz alaranjada do candeeiro de secretária envolvia em calor as minhas mãos, escorrendo até à ponta dos dedos, afogando o frio. Também os teus sopros de gargalhada, vindo algures detrás de mim, me aqueciam - como uma manta envolvendo os ombros e ternas carícias ao topo da cabeça. Olhei para trás. Estavas de pernas cruzadas sobre a cama, mas não tinhas descalçado as pantufas cor-de-rosa e brincavas com o young. Vi como encostaste a tua ponta do nariz à dele, como lhe contaste uma qualquer piada em segredo, e como riste sozinha e caíste sobre a colcha, pernas para o ar e mãos a apertar a barriga. Sorri-te por te rires e, segurando o young, disse-lhe baixinho como tu eras uma tonta, e um pequeno terror, e como eu te adoro. E depois paraste de rir, recompuseste-te sobre a cama, e devolveste-me o teu melhor sorriso. Está uma noite sossegada e a nossa casa respira amor.

31 de outubro de 2012


Queria deixar a água da chaleira a ferver para o teu chá da manhã, mas não encontrei a caixa de fósforos na gaveta do costume, nem no resto da cozinha, nem por toda a casa. Quis perguntar-te se a tinhas visto, mas dei por ti à varanda, a acender um cigarro com um fósforo, caixa sobre as pernas cruzadas e de sorriso manhoso no rosto. Foi mais uma daquelas manhãs onde parecia verão de novo, contigo a ser o pequeno terror do costume - e as nuvens solenemente assistiram ao ataque de cócegas que descarreguei em ti enquanto o vento engolia as tuas gargalhadas descompassadas. Deixas-me menos vazia e mais cheia de vida, mesmo depois de me teres feito virar a casa do avesso, e mesmo depois de me obrigares a perseguir-te pelo jardim. Tinhas um vestido demasiado fino para a estação, mas depois lembrei que connosco é sempre a estação ideal: nem muito fria, nem muito quente, apenas perfeita para os nossos pequenos-almoços ao som de uma chaleira a ferver. Eu amo-te.

17 de outubro de 2012


Queria dizer-te, em jeito de irmã, pousando o livro sobre as pernas para te segurar a mão, que não vou. Que está tudo bem, que não quero que chores, porque não vou. Somos o dente-de-leão e o bem-me-quer num jardim onde nada morre, porque somos a rega um do outro e o sol que espreita mesmo no rigor do inverno. Contigo, há sempre o abrigo e a calma e a manta de tartarugas para nos aquecer as pernas entre cigarros meio-fumados sob um céu em estrelas. Apertando-te mais a mão entre as minhas, digo-te que és linda e que o teu sorriso é uma jarra de amor sobre uma mesa onde todas as manhãs se serve um chá, ou um café, para que o dia sorria logo pelo madrugar. Precisas-me tanto quanto eu te preciso e, irmã, não chores. Estou aqui, deixo-te metade da cama e o dobro dos lençóis para te deitares comigo, e esta noite os monstros não vêm. Numa terna música de embalar, eu amo-te.

6 de outubro de 2012


É tão tarde e as visitas já foram e eu preciso de ti, das nossas bebidas quentes sob o frio melancólico de outono, contar contigo as folhas laranjas que repousam na calçada salpicada, ainda húmida pós-chuva, e sorrir sem motivos para não sorrir. Despir dos hematomas e vestir vestidos de noiva em tons de lua cheia num céu petróleo, ou damas entregues ao prazer de um cigarro entre lábios escarlates, entre meios suspiros e sem pretéritos passados. Nada é mais bonito que ver o mundo girar contigo e ler o dicionário sob as ramas nuas dos carvalhos que transpiram perfume rustico. Nada é mais bonito que falar e ter-te a ouvir, a menos que seja ouvir-te falar. És uma taça de morangos e um jardim de bem-me-queres a crescer, os teus olhos duas estrelas e o teu mundo o meu abrigo.

21 de setembro de 2012


Era de noite, não podia ter a certeza das horas, mas havia muito silêncio lá fora e o young já dormia. Estava entre o sono e o sonho quando senti os cobertores levantarem, um frio tocar-me as pernas descobertas e o colchão a mexer. Esfreguei os olhos e lá estavas tu, e fugir para a minha cama e com o rosto angustiado, como uma criança pequena com medo da trovoada. Abracei-te e sorri-te: “és um pequeno monstrinho, não devias ter medo de nada.”. Torceste o nariz e encolheste-te mais, e com isso ri-me. E depois murmuraste baixinho preocupações, e que não querias estar sozinha, e que um dia raptavas umas certas pessoas e fugias daqui para fora. És uma tonta, uma tonta adorável mesmo quando fazes birra, e aconcheguei-te na cama, dando-te a minha tartaruga peluche para as mãos. “Não estás sozinha, estou sempre a dar-te a mão”. E sorriste, e o young mexeu-se durante o sono, fazendo ruído na gaiola, fazendo-nos rir baixinho até os medos esquecerem o nome e o sono nos embalar nele. Não tenhas medo, és linda e a noite nunca será muito escura para ti. És como fogo-de-artifício, lembraste? Aishiteru.

15 de setembro de 2012


Estou já a preparar o teu chá enquanto arrumas umas últimas coisas no quarto. A casa tem andado silenciosa, entrelaçada em desencontros e «bons-dias» por dizer. A vida é uma rotina triste e nós preferimos perdermo-nos em pensamentos, em cigarros à janela e histórias de irmãs com caracóis e cócegas na barriga. Reservei um desses momentos para nós, esta noite. Há um mundo diferente e nosso à nossa espera, e as flores no jardim crescem com a tua chegada. A chaleira chama já por mim e apresso-me a verter a bebida quente na tua chávena cor-de-rosa e olho para a porta, à espera de te receber com o meu melhor sorriso. Quero que sorrias comigo. Quero sorrir contigo para sempre.

8 de setembro de 2012


Foste a primeira a acordar. Levantei-me da cama e podia ouvir-te ao fundo das escadas a cantarolar qualquer coisa em chinês, e o barulho da máquina de café a trabalhar, e provei o cheiro da água a ferver. Não me esforcei em sair do pijama com tartarugas e prendi o cabelo ao topo da cabeça, porque estava calor e tinhas aberto a janela do quarto para o sol nos cumprimentar. Quando entrei na cozinha tinhas um sorriso radiante, e fez-se ainda mais calor. Mastiguei a tosta devagar enquanto te observava a servir a chávena de café entre passos de dança, como se não estivesses mais ali, mas no teu mundo e nos teus sonhos. Estavas apaixonada, percebi. E quando deste por mim, paraste muito rápido, e as tuas bochechas ficaram encarnadas como botões de rosa, e arranjaste atrapalhadamente as mexas de cabelo por trás da orelha, e eu sorri: - «Bom dia, tonta apaixonada». E tu respondeste, atirando-me com o pano da cozinha à cara.

2 de setembro de 2012


Sentados em torno da mesa baixa, fumava um cigarro do teu maço e provava a forma como sorrias ao falar com o blue. É sempre bom receber visitas, e o blue estava excitado e falava rápido e sem parar, tropeçando nas palavras, deixando promessas de rapazes pequenos que governam luas sozinhos. Estavas demasiado entretida para notares que acabara com os teus cigarros e que pusera uma música russa a tocar, e os teus risos eram cândidos e lembravam pequenos sinos ao som da melodia. O young estava no meu colo e contorcia-se imenso. Achei que estivesse com ciúmes do blue, e que queria saltar para o teu colo para ter toda a tua atenção, mas sossegou rapidamente, assim lhe dei um pouco de cenoura. É um coelho rebelde, este young; e é um rapaz cheio de graça, o blue. Despedimo-nos dele com beijos nas bochechas e vontade de uma nova visita, e assim que fechaste a porta e procuraste por um cigarro, senti que estava metida em apuros e desatei a correr pela casa, contigo a perseguir-me poucos metros atrás de mim. Gomennasai, imouto-chan!

29 de agosto de 2012


Acordaste-me logo pela manhã, saltando em cima da cama para dizer que o pequeno-almoço já estava pronto. Bocejei, e esfreguei os olhos ensonados, e demorou algum tempo até a tua figura deixar de estar baça e conseguir ver bem o sorriso que te enchia o rosto. Era grande, como os que as crianças pequenas têm quando lhes dão um rebuçado de morango, e rapidamente o meu ficou gigante. Ainda estavas no pijama. És uma desajeitada e ainda estavas de pijama, e descalça, e andaste pela cozinha desse mesmo jeito e acho que de outro não poderia ser tão belo. Há algo de maravilhosamente contagiante na forma como puxas o cabelo despenteado para detrás da orelha e saltas na cama entusiasmada, e na forma como nunca me canso de gostar de ti.

28 de agosto de 2012


O tempo já não anda envergonhado, e provei o sol logo pela manhã, e a forma como a minha pele parecia dourada, livre da palidez invernal. Não gosto de ir ao dentista, e cheguei a casa numa adrenalina de tempestade para to dizer, e para choramingar pela minha gengiva anestesiada, mas quando abri a porta fui recebida por cheiro a bem-me-queres adormecidos. Ainda estavas deitada, enroscada nos lençóis finos e róseos como as tuas bochechas, e de repente parecias mais pequena e frágil como um botão de rosa. Encantadora, com os teus caracóis desarrumados sobre a almofada, e com a respiração silenciosa e o peito a subir e a descer. Não gostas muito de sonhar. Disseste-me em tempos que não gostavas de sonhar e por isso sentei-me no colchão ao teu lado, e pousei a mão na tua testa, e pedi baixinho para que o sono te estivesse sossegado. 
Estou aqui, sussurrei. Estou sempre.

26 de agosto de 2012


Brincavas com o young enquanto a pequena cozinha se inundava no calor da água a ferver, deixando o meu pescoço e testa brilhantes e húmidos, de modo que prendi o cabelo ao topo da cabeça. Tu continuavas abstraída num mundo feito de pelo branco e olhos azuis, mergulhada em risos quando o young batia com a caçarola da comida e tinha ares de rebelde. Estavas a sorrir tanto, e ainda mais quando trouxe o chá já pronto e te convidei para a mesa baixa, e deixei yiruma tocar. A casa tem andado numa calma macia, daquelas que nos dá vontade de ficar na cama até tarde, abrindo um olho de soslaio para ver se a outra já se havia levantado, e saboreando a forma como os mochos dão lugar aos pássaros madrugadores. A tua calma abraça a minha e juntas são um poço de sonhos e, às vezes, um mar deles.

21 de agosto de 2012


És tão linda e a tua voz é como cascatas de mel e de repente afogamo-nos no jeito doce com que conversas, baixo e suave e com uma timidez mascarada. Conversavas e mostravas o coelho que recebeste de presente e riamos sem saber bem do que rir, entre lágrimas de quem se encontra após longos anos de saudade. E foi um pouco assim, como irmãs que o destino volta a juntar, com vozes de meninas mescladas numa alegria que não se continha nas palavras. Estranho, como a nossa vida se desenrola em paralelo, entre coincidências que fazem arrepiar, e de repente tu pareces eu e eu pareço tu e quando falas, sinto que me encontrei. Ainda tremo e ainda sorrio e ainda limpo as lágrimas à bainha da camisa de noite, e hoje o céu está lindo e brilha para nós, quando o fogo-de-artifício explode no ar. Olho-o, e vejo-te nele. Vejo-te em tudo o que é bonito e hoje, pequena irmã, é o teu dia. Parabéns, eu amo-te.

18 de agosto de 2012


Cheguei a casa em pés de lã, larguei as malas à porta, e de cima das escadas vinha um frio de noite, que assobiava aos ouvidos e, por vezes, parecia chamar o meu nome. Segui-o e lá estavas tu, à varanda, com o livro fechado sobre as cochas e o olhar preso ao céu petróleo, enquanto a brisa te balançava os cabelos. Não fiz barulho, mas fui até ao quarto acender um cigarro e dali podia ver o teu perfil e a forma como a lua te deixava pálida e, de repente, parecias uma fada e frágil e pequena. Quis agarrar-te. Segurar-te contra o peito e dizer que está tudo bem, que tudo é bonito se fecharmos os olhos e dançarmos com o silêncio. Olhei de relance para o céu e depois para ti. Tu não és como a noite. Tu és como a manhã. Em ti não cabem sombras e é tudo jovem, como se o rio sempre nascesse e o sol fosse criança. Depois mexeste-te um pouco e achei que te ias levantar, e levantaste-te, e eu fiquei. Um pouco mais. Só um pouco mais, e irias encontrar-me. Só um pouco mais, e talvez a noite não chorasse. Só um pouco mais, e irias sorrir. Só um pouco mais, irmã, só um pouco mais, e tocas o meu abraço. Amo-te.

12 de agosto de 2012


Fumávamos um último cigarro e quando o esmagamos no cinzeiro de vidro, quase choramos. A música não era yiruma, nem especialmente preferida, mas ouvíamos o bater discreto dos corações e, se encostássemos o ouvido ao chão, ainda poderíamos ouvir o comboio a rasgar a linha, lá ao longe, onde o céu beija os campos. O meu estaria para chegar, e cantaste baixinho enquanto lançavas os olhares para a mala já pronta junto à porta. Ri, e paraste de cantar, e o teu olhar era de criança e achei que te parecias com uma estrela dos livros com desenhos – «Eu estarei de regresso em breve, mary-chan.»- Murmurei, enchendo-te a chávena com chá. – «Eu estarei de regresso em breve…». Fingiste que não ouviste, como uma criança das bem pequenas, e eu voltei a rir baixinho. Inclinei-me sobre a mesa baixa e desarranjei-te os caracóis com a mão, - «Vá lá, eu adoro-te.». E tu sorriste, e quando sorriste, fogos-de-artifício estalaram no ar.

11 de agosto de 2012


Cheguei tarde ontem e enquanto atravessava o portão colhi os morangos suficientes para me encherem as mãos. Estavas já a dormir, no quarto rosado ao cimo das escadas, e por isso deixei os morangos numa taça em água e li um pouco na cadeira de baloiçar. Não havia música, não te queria acordar. Mas os mochos conversavam lá fora e desisti de tentar entendê-los, porque todos temos segredos. O livro arrastava-se em linhas lentas e os olhos começaram a pesar, tal como o peso da vida cambaleava nos ombros ossudos das personagens. Desliguei a luz e subi as escadas, puxei o cobertor até junto do teu pescoço e mexeste um bocadinho, mas – shhh - não acordaste; e fui repousar na minha cama de penas. Quando a barriga der sinais de fome, desce as escadas até à cozinha. Cinco morangos estão lá à tua espera, princesa da china.

8 de agosto de 2012


Guardei o velho disco de yiruma na estante e entrelaçamos as nossas conversas no baloiçar de Mafalda Veiga, que ia e voltava como ondas do mar, enquanto a ventoinha nos levantava os caracóis para soprar ao pescoço. Um frio malandro escorria pela coluna e riamos sem saber do que rir, mas sabíamos que era bom e que a noite respirava calma. Tens um sorriso bonito, e quando ele é grande os olhos ficam pequenos como quartos de lua deitados e até as estrelas sorriem com isso. Eu gosto de sorrir com isso. E entre promessas de coelhos e nomes de tartarugas, suspendíamos a respiração para provar a vida nos cantos dos lábios, e para estender os braços e espreguiçar. É uma noite bonita e lá fora os grilos cantam.

7 de agosto de 2012


A Mary da China e a Han do Japão. Vivemos distantes mas no nosso mundo habitamos esta pequena cabana entre jardins que poucos conhecem, e colhemos flores de manhã para descansarmos no banco de madeira húmida ao entardecer. Falamos até se ouvirem os mochos lá fora e rimos baixinho, quando a vida nos sorri. Às vezes somos nós, outras vezes uma só, e por vezes somos simplesmente irmãs. Escrevemos os nossos nomes em aviões de papel e eles ainda voam nos nossos corações. Aqui, onde se serve chá e café ao som de yiruma, vivemos juntas.