31 de outubro de 2012


Queria deixar a água da chaleira a ferver para o teu chá da manhã, mas não encontrei a caixa de fósforos na gaveta do costume, nem no resto da cozinha, nem por toda a casa. Quis perguntar-te se a tinhas visto, mas dei por ti à varanda, a acender um cigarro com um fósforo, caixa sobre as pernas cruzadas e de sorriso manhoso no rosto. Foi mais uma daquelas manhãs onde parecia verão de novo, contigo a ser o pequeno terror do costume - e as nuvens solenemente assistiram ao ataque de cócegas que descarreguei em ti enquanto o vento engolia as tuas gargalhadas descompassadas. Deixas-me menos vazia e mais cheia de vida, mesmo depois de me teres feito virar a casa do avesso, e mesmo depois de me obrigares a perseguir-te pelo jardim. Tinhas um vestido demasiado fino para a estação, mas depois lembrei que connosco é sempre a estação ideal: nem muito fria, nem muito quente, apenas perfeita para os nossos pequenos-almoços ao som de uma chaleira a ferver. Eu amo-te.

1 comentário:

  1. (já tinha comentado e o computador foi-se a baixo!!) não há palavras que cheguem para tudo isto e sorriso é o meu nome do meio quando estás por perto e amor é o último. é bom quando estás por causa e ter-te do meu lado é a melhor coisa de sempre. palavra de escuteiro (não sou escuteiro achas que também conta? ihi) pinky promise <3

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